segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Histórias de Conversas com Merda


Parte IV

Mal eu sabia que a terceira parte deste episódio iria começar dentro de momentos.

Ao olhar para aquela latrina vi ... um poceirão colorido e perfumado de uma plasticina dejetável que enchia a dita sanita até ao rebordo.
Num ato de perfeita loucura, puxei o cordelito que acionava o autoclismo lá no alto.
O ribombar das águas descendentes pelo cano abaixo encheram-me de horror e não fora segurar as calças na mão e teria dali fugido. A minha garganta seca incapaz de gritar paralisou me completamente enquanto os meus olhos arregalados pressentiam o inevitável ... era um homem cagado, agora seria morto por uma merdosa onda. A água entrou na sanita e ao invés de levar aquela monstruosidade fedorenta, fê-la subir, subir e cada vez mais se aproximava do limite e ameaçava deixar o vaso para se expandir pelo chão.
Num ato de proteção divina, o meu anjo da guarda que já deveria ter os diáfanos mantos sujos, me entregou um ferro que repousava diligentemente ao pé daquele ameaçador trono de bosta. Pegando nele, com energia de um procurado pelos fed’s e num acto perfeitamente primitivo mexi naquela panela de merda como se ela fosse uma sopa.
De súbito, o algo demoníaco que entravava a marcha daquela sopa infernal desapareceu e o esgoto num soluço gigantesco implodiu toda aquela porcaria num fenomenal e barulhento sorvo.
Os segundos  que se seguiram foram de alegria eufórica, como uma dose de morfina que nos sobe pela veia acima e nos deixa bem como o mundo e com uma terrível vontade de amar o mundo por termos sobrevivido.

Mal eu sabia, depois da euforia haveria de chegar a vergonha! a derrota! a fuga!

(última parte: o herói, suado, humilhado e de cú molhado mas mais leve uns quilos, luta pelo último desafio de sobrevivência ... e estásse a ver, até ganhou, pois é ele que está a contar isto)

domingo, 25 de setembro de 2011

Merda de História (Parte III)


Parte III
... uma lancinante bufa, sem aviso, assobiou.
Incrédulo, percebi, que afinal a monstruosa cagada que de mim tinha saído era pronuncio de algo mais demoníaco.
 Não sei quanto decibéis produzi, tenho a certeza que se fosse no Japão a população teria vindo para a rua e procurado o abrigo contra tsunamis.
Pois foi com incrédulo espanto que o ribombar de peido atrás de peido, numa sinfonia de competição ao desafio, intervalo por um compasso explosivo, ao qual se segui uma liquidez de merda.
Foi a desgarrada total.
O ar saiu-me pelo olho do cú com mais velocidade que eu conseguia respirar. As fezes, mais rijas sairam de mim com uma velocidade supersónica tal qual balas de chumbo, ou de granizo a entrar na sanita que estava já a meio de tanta porcaria. Salpico a mais salpico a menos já eu sentia que tudo era dejecto.
Por fim, e numa perfeita agonia, num gemido, e num último esforço ... pum.
Acabou.
Nada mais havia que pudesse sair dentro mim.
Quase com medo, com um rolo de papel na mão,
Apalpei-me com medo que o intestino ... tivesse caído, e ali estivesse ao pendurão.
Estava tudo no sítio.
Papel e mais papel lá me consegui limpar.
Ergui –me, com algum receio.
Senti me bem.
Mais desperto.
O fedor inundava-me as narinas.
Era tempo de me por a andar.

(Continua Parte IV)

sábado, 24 de setembro de 2011

Histórias de Merda (parte II)


Parte II

Segui para a casa de banho.
Casa de banho?
Não.
Um pequeno lavatório de mãos e uma retrete que me fez recordar as trincheiras de La Lys.
O espaço não daria para uma grávida fazer inversão de marcha.
De qualquer forma, a minha prenhice era de gás e mal baixei as calças, ainda cuidadosamente,  para não tocar no chão, dei o jeito para que se iniciasse a maior explosão intestinal que deve haver memória em Águeda.
Começou por um ribombar estonteante para de imediato se seguir um supersónico jacto de merda que além de esparrinhar a sanita toda, e eu preocupado, deu umas pintinhas à parede. O jacto, mal cheiroso, era sincronizado com uns silvos de puro gás, nauseabundo, ao qual se seguia nova ejaculação de merda vaporizada e liquida. Por fim um estrondo, um fenomenal traque, ecoou pela sala.
Neste ponto, a cólica abrandou e as gotas de suor caíram no chão e nas cuecas. As pernas tremiam de estarem na incrível posição de suspender o meu corpo. A posição, meia de cócoras, meio sentado, mas ...
Nunca
nunca
tocar naquela sanita seja de que forma fosse.
Consegui passar a mão pelo nariz para sacudir uma gota de suor que me fazia uma comichão danada.
No meio do verdete horripilante do que tinha saído, por aquele orifício indelicado, sentia uma certa satisfação por sentir que tinha passado, estava feito.
A satisfação infantil de quem faz algo bem e se sente aliviado.
Tinha sobrevivido a um merdoso ataque.
Era um sobrevivente.
Ergui-me um pouco para fazer um novelo de papel higiénico para iniciar a árdua tarefa de me limpar.
Fi-lo, lentamente quando ... 

(continua, Parte III)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vidas de Merda


Circula pela net um texto de, senão me engano de Milor Guerra, em que este conta um episódio da sua vida em que tendo sido possuído por uma diarreia brutal, quando viajava de avião, demonstra de forma muito clara a fragilidade que certos acontecimentos nos expõem.

Também é certo que conversa de merda, é conversa que garante, com sucesso umas valentes gargalhadas ou, no mínimo um sorriso bem disposto de quem conta ou lê testemunhos desse tipo.
O sucesso da conversa de merda, geralmente garante o sucesso, sobretudo se a situação embaraçosa é com o outro e não comigo.

Todavia, esse episódio contado por Milô é um, bem contado pelo próprio, mas que todavia, pelo seu carácter quase fantástico, bem pode ser o delírio de um óptimo escritor.

Vou contar-vos uma história verdadeira, contada por mim, vivida por mim e que ainda hoje me faz chorar de tanto rir.

Parte I
Começa assim:

Morava eu com os meus pais, estava portanto ainda solteiro, e depois de uma noite de farra até às tantas, me esqueci completamente que me tinha comprometido levar a família - pai, mãe e irmão às compras ao Porto. Penso que seria época de saldos, numa altura que os saldos do Porto mereciam bem a deslocação.
À hora marcada, mas por mim esquecidas, meu pai, lá me acordou para o início da jorna. Ora parece-me que tinha acabado de me deitar, mas não garanto. Apenas tenho a certeza que estava com o estômago às voltas, enjoado, os olhos cheios de ramelas e enevoados, língua que parecia uma alcatifa velha.
Lá me levantei, disfarcei e tomei pequeno almoço, como se estivesse todo satisfeito de ir às compras.
Não sei o que me passou pela cabeça, mas seguramente nada, pois beber leite morno da forma que estava não foi um disparate, foi uma estúpida loucura. Certo certo é que bebi uma canequinha de leite morno.

Partimos.

Na altura apenas havia auto estrada a partir dos Carvalhos. 
Até lá, estrada nacional que passava por todos os lugarejos.

Em Águeda, não muito longe portanto, e perante um cansaço ocular que não me dava paz, propus à família irmos tomar uma cafezinho.
Estava mesmo necessitado.
Assim fiz, lá parei algures e entrámos num café.
Pedi o café, uma bica. Não sei se teria aspecto disso, mas o sujeito espetou-me com uma café cheio ... fervente e queimado q.b.
Bebi o dito.
Na altura já sentia uma certa urgência em ir à casa de banho. O leite dizia que não gostava de café e queria sair. Neste ponto, eu não sabia se o que pretendia sair pelas calças era sólido, liquido, gasoso ou outro qualquer estado da matéria.
Mas aguentei-me enquanto as borras desciam pela garganta abaixo.
Uma cólica mais forte e o aviso: Olha menino ou vais agora ou ainda ficas mal visto.
Mal sabia eu, que de qualquer forma, o ficaria sempre.

(continua amanhã, Parte II)

há malucos por todo o lado...

http://mentedesperta.com/2010/09/olfacto-do-peido/

Bembindo Térinho

Ai Tero, Tero, que te tero tanto!
Mesmo aparecido numa cesta,
És o meu tero preferido.
Vai lá dizendo das tuas terices
Que nós por cá menos mal




El Tero (Vanellus chilensis) es un ave de la familia de los Charádridos, originaria de América del Sur, es común en Uruguay, Argentina, Chile, Paraguay, Brasil y Colombia. Habita en descampados, pero sobre todo en la cercanía de lagos y lagunas, ríos, arroyos, aunque puede encontrarse en zonas urbanas.
Debido a su costumbre de emitir fuertes gritos ante la presencia de intrusos, es frecuente que el Tero sea tomado como mascota, con función de alerta ante intrusos.

Poder

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Asneiredo é aqui sff





Srs bloguistas desta tão digna comunidade: o palavrão intencional diz-se aqui e não na cozinha ou em qualquer outra parte dos nossos lares portugueses. Há porraterapia ou não há? Ai a porra!!!


Cabritos

Os
Os cabrões é que mandam…
E os cabritos baixam os cornos, obedecem e não reclamam!

Ontem tive que me deslocar cerca de 400km ( 200 pra lá e 200 pra cá…) para participar num Seminário com interesse prometido que estava (estaria!!!) relacionado com a Certificação da Qualidade da organização a que pertenço.
Mas a Qualidade é um conceito que apenas aos papalvos é exigida!

Como disse e bem, o organizador do evento, (o sr. doutor professor financeado para nos conduzir ao pote no fundo do arco-iris que é a Certificação) “quanto mais legitimidade tem uma organização, mais lhe são desculpadas as asneiras!!”.
Ele subscreveu inteiramente aquilo que disse!
O seminário supostamente para começar às 9h começou às 10h porque a cidade onde decorria este mesmo evento estava em obras…e o 1º orador atrasou –se!
EU LEVANTEI-ME ÁS 6 DA MATINA pra chegar a horas!!!!!

A bem dizer, o senhor bem que podia só ter aparecido no dia seguinte, quando eu já não lá estivesse, para o ouvir falar, de assuntos que não vinham nada pró caso, para além de querer “ensinar o Padre Nosso ao vigário"!!
Bem, isto não está a começar muito bem!!
2ª oradora -  fala em castelhano, ou melhor lê, power points (também em castelhano!!) de partes do seu estudo que também não percebi o que tinha a  ver com o tema do seminário. Pronto, ok, ou sou burra ou estão a papar-me por tola……!!!!
Valeu os salgadinhos e os bolinhos do coffee break!
Blá blá pra aqui,  blá blá pra acolá,  ofereceram–nos um almocinho como há muitos anos não tinha – deram –nos uma senhinha pra ir às cantinas e “conbiber” com a malta da “jubentude” universitária!! Até gostei, sim senhor: os hambúrgueres estavam melhores que aqueles que engolíamos há 30 atrás nas nossas cantinas e sempre se viram uns garotos com um traje académico bem curtido, cum chapéu de 3 bicos e uns calçõezitos à moda dos campinos que evidenciavam algumas pernocas jeitosas …

Continuando pra bingo!
Sim porque no programa que nunca chegou a ser visto, cá pra mim, porque também nunca chegou  a ser feito….os trabalhos estavam previstos acabarem às 13.30, depois passou para as 15.30  e já vos digo a que horas acabou.
Blá blá blá pra acolá e termina em beleza com a comunicação do nosso sr. doutor professor  que nos esteve a ler (pra variar) uns powers points, muito bem fotocopiados de algum trabalho que porventura tenha feito e que pró caso também "tásse" mesmo a ver que não vinha a condizer com as expectativas aqui dos totós! e admirem-se meus amigos cagarós….em INGLÊS!!! Giro, não é??
Nesta altura , aqui a lagartixa já estava pra trepar às paredes de tão insultada ser !
O bacano, mais paciente aguentou e saiu às 16.30!!
Eu, num momento de indignação máxima, esgueirei-me pla porta fora, e fui ruminando pragas aos responsáveis de tamanho ultraje!
Depois de ter fugido dali calculo que devem ter saído umas palminhas e uns elogios hipócritas aos organizadores de “tal façanha”…  
Somos mesmo cabritos!!! Mansos!!! Havia de haver um cabrão mais duro de roer que lhes desse uma cornada naqueles rabos para aprenderem a terem mais respeito pelos outros !!!!
Qualidade??? só os bolinhos da manhã e as pernocas dos minhotos!!!


P.S. Na tentativa de me pôr zen e aliviar a minha raiva eu mais o meu bacano fomos ao  IKEA comprar uns gavetões para o quarto da nossa princesinha mais nova e um espelho para a mais velha e no caminho de regresso a "home sweet home", pensei prós meus botões  :   Olha , sabes que mais :
CAGARI CAGARÓ!!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Unhas













A loucura das mulheres realmente expressa-se frequentemente nas unhas! Desde as que roem até que a alma lhes doa até à senhora que o bacano desencantou. Também as há com loucuras mais domésticas que vão experimentando vernizes de côr de caca de pombo, várias nuances de azul esverdeado ou verde azulado, etc. Eu, quando ando com as unhas roxas não é bom sinal, não é não!

A Felicidade na Loucura

Para alcançar alguma felicidade que nos distancie da depressão que caracteriza a nossa condição humana e a sua precariedade é necessário ultrapassarmos algumas barreiras da realidade. Todavia, quem se distancia da realidade é comummente chamado de louco ... no mínimo. Ora se este distanciamento é o cheque para a vivência de um êxtase, de felicidade e boa disposição ... então, a loucura tem uma importante função moralizadora da saúde mental de cada um de nós. Isto é, sê apanhado do clima, e estarás no clima temperado que não te faz suar de calor nem de frio.
Cada um procura essa loucura, dentro de regras que impõe a si próprio e aos restantes.
Mas quebrar essas regras, não só é importante como absolutamente necessário para a manutenção do que resta da nossa vida interior. 
Claro que os excessos, serão sempre perigosos e podem ter o efeito reverso.
Por isso, sejam loucos até ao ponto em que dê prazer e tudo o que ultrapassar as sensações de gozo, levar-vos-á para além deste mundo, o que Vos distanciará de todos os outros e, nesse caso à infelicidade.
Como caso clínico, demonstrativo em como a loucura quando levada ao extremo pode ser extremamente perigosa e sobretudo, conduzir os aliens deste planeta à depressão e à infelicidade.
A senhora desta notícia AQUI é um exemplo de uma louca à procura da fama, como se ela lhe trouxesse a felicidade.
Mas será que ela é feliz? 
Não acreditem naquele sorriso plástico.
Vejamos.
Como é que a senhora limpa o seu grandessissimo rabo? com umas unhas daquelas?
Será que alguma vez pegou na pila do namorado?
Como é que ela faz para coçar o olho?
Como é que a gaja muda o canal da tv?
E tirar macacos do nariz? alguma vez teve esse prazer mundano?

Como vêm, uma coisa é ser "louco" outra é ser doente de maluqueira.
E Vós cagaris, não é tempo de fazer umas loucuras, mesmo que sejam consideradas próprias dos tipos em crise de meia idade?


(próximo post: Os fundamentos epigenéticos e ontogenéticos da Porroterapia)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

nem a serio nem a brincar ... é verdade

é com imenso prazer que anuncio que o Bacano Descalço passará a colaborador ativo deste blog.

Volta por cima


De tristeza, merdas e falta de energia também percebo eu. Tanto que às vezes até me esqueço que a minha rapaziada também tem andado aos trambolhões e sempre de cara levantada e mãos prontas para amparar as minhas quedas.

E é por eles e com a vossa ajuda que vou levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, cantando Betânia.

Canta cigarra, que a lagartixa e eu temos que dançar ou fazer karalhoke!